Pipoca com café #3 - Stranger Things 4 (Vol. 1)

Duas coisas antes de tudo: não, eu não morri! Talvez algumas partes de mim (a maioria negativas pois estamos numa fase feliz) mas não a integralidade; e sim, o título da postagem ficou desnecessariamente grande. Vocês terão que lidar com isso da mesma forma que eu estou (não estou).

Quem diria!! Os Duffer Brothers conseguiram reviver uma série que já estava praticamente enterrada velada e semiesquecida! Claro que nem tudo foram flores, tivemos alguns tropeços aqui e ali no meio da temporada - o que, não querendo defender a série (mas defendendo), é normal de qualquer show - mas até que nos salvamos. Vamos logo aos pontos positivos enquanto eu ainda estou entusiasmado para falar bem dessa série:

  • Voltamos a ter um clima de (quase) terror! Eu sou uma pessoa facilmente assustável então pode ter uma certa imparcialidade nisso, mas acho não ser nenhum absurdo falar que há um clima de terror mais marcante que nas últimas duas temporadas. Quase lembrou a sensação de ver a primeira temporada;
  • Adorei a maneira que os traumas passados, por enquanto só de alguns, foram abordados na série da até agora. Acho que se continuar nesse ritmo dá pra fechar a série com uma catarse muito boa (ansioso para esse possível fim).
  • A divisão dos grupos: a forma como dividiram o elenco em núcleos deu uma dinâmica bem interessante à série (isso vai aparecer como um lado negativo também e eu prometo que fará sentido);
  • Essa dinâmica do item interior me obriga a falar de algo que estou vendo ser pouco apreciado até agora: os cortes!!! Tiveram vários match cuts que eu achei absolutamente sensacionais, quase (foco no quase) nível dos que apareciam em Breaking Bad;
  • Essa me agradou particularmente: deram tempo de tela aos personagens que eu gosto. Não tem nem muito o que argumentar, só isso mesmo;
  • Ainda sobre personagens e pessoalidades: gostei muito do Eddie (e isso talvez revele mais sobre minha faceta jogador de RPG do que eu gostaria de revelar);
  • E, claro, músicas. Puta que pariu, as músicas!!!!
Em contrapartida:

  • Por que episódios tão longos? acho que a série se sustentaria melhor com episódios mais curtos e lançamentos semanais. Às vezes parecia que eles queriam empacotar tudo num episódio só, que acabava tendo mais de uma hora de duração (menção honrosa aos episódios de 1h40min), e era particularmente difícil manter um nível de tensão por todo esse tempo;
  • Agora, voltando ao tópico personagens, não dá pra não falar o que todos estavam sentido: o núcleo da Califórnia é simplesmente en-te-di-an-te. Salve o personagem que foi colocado como alívio cômico (abraços, Argyle), pareceu pra mim que eles ficaram meio alheios aos acontecimentos da temporada/volume. Eu esperava, por exemplo, mais alguma atualização sobre os planos deles antes do fim do último episódio.
  • Eu espero muito que os produtores agilizem com a série porque tá ficando difícil de acreditar que os atores ainda estão na 1ª série do EM.
Acabou ficando uma análise um pouco mais técnica porque eu tentei me conter quanto à spoilers já que a temporada está bem recente. 

Fica para vocês, meus caros, além desse texto meia boca, uma playlist (também meia boca) que montei com muito carinho e trabalho árduo (fiz em 3 minutos) para entrar no clima da série: mega_playlist_irada_rock.mp3

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