Ponto e vírgula
Eu tenho um texto a ser postado - e que sim, será postado - mas achei que deveria escrever algumas palavras de alívio antes.
São tempos loucos os que vivemos. De repente tudo que fui levado a crer é posto em dúvida e vira pauta para demérito. Uma vida inteira escutando que na dúvida deveríamos acreditar nos cientistas e nas suas ciências, quase rio quando lembro dessas palavras. E me causa tanto espanto, me sinto tão assustado com todos esses ares de dúvida e conflito, como pode um povo tão próspero de uma terra tão linda ser tão hostil e ameaçador?
Eu já quis chorar pela situação em que vivemos. Já quis desistir dos meus estudos. Já quis até desistir tudo e ficar apenas nos álbuns de fotos. Mas ainda estou cá. O por quê é mais inocente que a maioria de vocês - imagino eu - imaginariam: eu estou apaixonado pela vida.
Não me orgulho disso, às vezes me vejo como um bobo no espelho. Um bobo que passeia por entre as horas do dia e encontra felicidade em coisas tão pequenas e corriqueiras que o faz perguntar-se "como pode existir tamanha beleza nas coisas tão pequenas?"
E lógico, temos as coisas maiores que as pequenas. E lógico, elas me felicitam mais que as pequenas. A maioria destas coisas são, na verdade, pessoas. Mais precisamente, amigos. E agora digo com orgulho em mente: tenho os melhores que alguém poderia pedir. Em terra nenhuma encontraria gente tão verdadeira, viva e cativante.
E são por todos esses momentos de felicidade, pequenos e grandes, que eu decidi que ficarei. Mas não vou descartar o álbum de fotos. Não pelo medo de arrepender-me, mas pela necessidade de guardar todos os momentos que o tempo me rouba.
Este é o primeiro dia do resto de suas vidas.
Algumas pessoas passaram a involuir em pensamento, seja você aquela que evolui
ResponderExcluirÉ bom ter encontrado esse abrigo no meio da tempestade de coisas ruins
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